Dando continuidade ao tema Família dos Instrumentos, veremos a seguir um pouco da história da família dos violinos.
A família
dos violinos.
Surgiu como
uma evolução das violas e acabou substituído-as. Também são instrumentos de
cordas friccionadas por um arco. Fazem parte da família os violinos, que ficam
dispostos na orquestra em duas seções (1ºs e 2ºs violinos), o violoncelo e o
contrabaixo. Uma curiosidade está no fato de que o tamanho do arco é
inversamente proporcional ao tamanho do instrumento, ou seja, quanto maior o
instrumento, menor o arco.
Arco do violino |
Violino: Desenvolvido no século
XVI pelos italianos Andrea Amati, de Cremona, e Gasparo da Salò, de Brescia, a
partir do aperfeiçoamento do primitivo instrumento de 3 cordas, parece, à
primeira vista, que, dessa época até os dias de hoje, o violino não sofreu
transformações em sua estrutura. No século XVI, eram comuns violinos menores,
como os chamados “pochette”, usados pelos mestres de dança e que eram guardados
nos bolsos (poches) de suas casacas.
Na verdade,
porém, a partir das inovações introduzidas por Antonio Stradivarius, por volta
de 1700, o instrumento passou por pequenas, mas significativas mudanças
estruturais, para que pudesse atender às necessidades das sucessivas gerações
de compositores e intérpretes. No século XIX, o surgimento das grandes salas de
concerto e o aparecimento da figura do “virtuose” levaram às alterações que lhe
deram a feição definitiva e que redundaram num timbre mais volumoso e
brilhante.
De aparência
simples, é um instrumento de extraordinária complexidade, composto de quase 70
peças diferentes. Constitui-se basicamente de 4 cordas, afinadas em quintas
(mi4, lá3, ré3 e sol2) e que atingem mais de 4 oitavas e meia, uma caixa de
ressonância em forma de oito e um braço preso à caixa por um cepo. No interior
da caixa, há uma prancheta chamada “cadeira” e um pequeno cilindro vertical
denominado “alma”. Ambos têm por finalidade melhorar a sonoridade, além de dar
mais solidez à parte superior da caixa de ressonância, o “tampo harmônico”, em
cuja parte central encontra-se o “cavalete”, por onde passam as cordas.
O violino, o
mais agudo e versátil instrumento de cordas, é indispensável na orquestra
sinfônica e no quarteto de câmara.
Viola: Remanescente da família das violas, também chamada de viola de arco (vide Família dos Intrumentos: Viola). É um pouco maior e mais grave do que o violino. Após ser agregado à família dos Violinos, passou a adotar os desenhos de "F" característicos desta família.
Comparação entre violino e Viola |
Cello ou Violoncelo: Construído no século XVI,
à maneira do violino e para ser tocado como a viola de gamba, pelos mestres
italianos Andres Amati, Gasparo da Salò, Maggini e outros, esse instrumento de
timbre grave e aveludado tinha a função de reforçar os baixos da orquestra.
Em seus
primórdios, exercia papel secundário, sendo utilizado ora como baixo contínuo,
juntamente com o cravo, ora como simples pedal da orquestra. Somente a partir
do final do século XVII é que se firmou como instrumento solista, substituindo
a “viola de gamba”.
De estrutura
semelhante à do violino e à da viola, diferencia-se destes pelo comprimento (1,19 m .), como também pela
caixa de ressonância, proporcionalmente mais funda. Possui 4 cordas afinadas
uma oitava abaixo das cordas da viola, também em quintas (dó1, sol1, ré2 e
lá2), e seu registro médio é de 3 oitavas e meia.
A princípio, o
corpo do violoncelo variava de dimensões. O comprimento atual foi fixado no
século XVII, por Stradivarius. Assim como o violino e a viola, é indispensável
na orquestra sinfônica e no quarteto de cordas.
Posição para se tocar o cello |
Contrabaixo: O mais grave e
maior instrumento de cordas e arco, o contrabaixo surgiu também no século XVI,
na Itália, modelado a partir do “violone”, instrumento de cordas medieval. No
decorrer dos séculos, foram feitas várias experiências no tocante a suas
dimensões, estrutura da caixa de ressonância e número de cordas.
O contrabaixo
usado atualmente mede 1,82 m .
de comprimento e possui 4 cordas afinadas em Quarta (mi, lá, ré e sol). Seu
registro médio é de pouco mais de duas oitavas, começando pelo “mi” mais grave
da escala. Para solos, utiliza-se, muitas vezes, um instrumento um pouco menor,
que apareceram no século XVII. Às vezes, podem ter uma Quinta corda, afinada em
Dó superior.
Para sua
execução, empregam-se dois tipos de arco: o francês, mais comum, e o Simandl ou
Dragonetti, de empunhadura especial, que proporciona maior peso do arco sobre
as cordas do instrumento, extraindo delas um som mais forte e homogêneo. Em
geral na música popular e, com menos freqüência, na erudita, é executado sem o
uso do arco, com as cordas sendo dedilhadas (“pizzicato”).
Indispensável
na música sinfônica, o contrabaixo tem por função básica reforçar os baixos da
orquestra. Raramente funciona como solista.
Parceiro: Casa da Musika
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