segunda-feira, 10 de outubro de 2016

História da Orquestra: 4º Movimento + Coda (A Orquestra Barroca + Conclusão)


Como vimos anteriormente, Lully foi o responsável por colocar os violinos a frente da orquestra. A variedade de instrumentos teria de ser a menor possível, em parte para poder ser melhor apreciada nos palácios e em parte pela característica das peças. Nascia então a ciência musical denominada acústica.

Embora não houvesse uma formação orquestral fixa, (a escolha dos instrumentos variava segundo a vontade do compositor) as cordas eram o elemento essencial em quase todas as obras. Possuíam uma seção de violinos, violas, violoncelos ou violas da gamba e por vezes um violone ou rabecão, hoje substituído pelo contrabaixo. O acompanhamento do baixo contínuo, especialmente o cravo, é uma constante deste período.


Os tímpanos eram pouco utilizados bem como qualquer outro instrumento de percussão. Os metais são pouco vistos. A utilização de ambos variava segundo a necessidade da obra. Por exemplo, certa vez o rei da Inglaterra pediu a Handel (1685-1759) para compor uma obra que seria executada durante a queima de fogos de artifício. Handel então orquestrou sua obra “Royal Fireworks Music” com uma grande quantidade de metais como trompetes, trompas e trombones, além da percussão. Porém não utilizou as cordas pois o som das mesmas se perderia frente a massa sonora provocada pelos fogos, metais e percussão. Posteriormente ele faria um novo arranjo para ser executado em lugares menores com menos instrumentos e utilizando toda a seção de cordas.

Com o aparecimento da ópera, surge também a figura do mecenas, o patrocinador da arte, que geralmente pertencia a aristocracia ou a nobreza. Desta forma, a música tornou-se erudita, de gosto refinado e discurso elaborado para ser apreciada por um público mais seleto.

Na maior parte das obras barrocas, a melodia fica por conta dos primeiros violinos, as notas intermediárias da harmonia ficam por conta dos segundos violinos e das violas, as notas graves são de responsabilidade dos cellos e contrabaixos e a realização dos acordes ficam por conta dos instrumentos de teclado tais como o órgão ou o cravo.

As madeiras vem, inicialmente representadas pelo fagote e pelo oboé. Posteriormente é incorporada a flauta transversal e mais tarde o clarinete. Os metais vem com a trompa, trompetes e trombones.

Conclusão.


A orquestra evoluiu muito ao longo de sua existência. Aqui nos coube apenas mostrar um pouco desta evolução. A verdade é que, desde que foi consolidada, a música instrumental ganhou maior importância, tanto no conjunto como nas obras solistas.

A necessidade de se ter uma sonoridade melhor dentro desta, forçou as mudanças no material dos instrumentos e nas demais mudanças qualitativas destes. Também forçou o aperfeiçoamento das salas de concerto, buscando melhorá-las em termos de acústica.
Abaixo um esquema da orquestra moderna, bem maior e mais elaborada do que nos primórdios.



Leiam também as 3 primeiras partes deste trabalho:




Parceiro: Casa da Musika



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