Ao adentrarmos
uma sala de concerto, nos deparamos com as cortinas fechadas e um som um pouco
confuso vindo do fosso do palco. É o momento em que a orquestra afina seus
instrumentos para dar início à execução de uma determinada obra. Esse ritual
tem-se repetido através dos séculos e encantado diversas gerações.
É dado o
crédito pela invenção desta maravilha ao compositor renascentista Claudio
Monteverdi que, em 1607 reuniu um considerável número de instrumentos para a
montagem daquela que seria a primeira ópera da história, “Orfeu”, inspirada
numa peça grega de mesmo nome.
Vem da Grécia,
também, a origem do nome orquestra. A orquestra grega, cujo nome quer dizer
“lugar para dançar” era o espaço ocupado pelo coro e onde as danças eram
realizadas. Separava o público da cena. Da mesma forma ficou disposta a
orquestra renascentista, que recebeu esse nome devido ao espaço que ocupa e não
pelo significado da palavra.
Orquestra grega |
Inicialmente,
as orquestras não possuíam uma forma definida. Os instrumentos variavam segundo
a intenção do compositor. Porém, ao contrário do que muitos pensam, não se
tratava de uma pequena quantidade de instrumentos. Orquestras gigantescas foram
usadas entre os séculos XVII e XVIII, porém apenas se multiplicavam os
instrumentos, a estrutura era, ainda, menos complexa em termos de orquestração.
Nos séculos
seguintes, a orquestra modificou-se consideravelmente. Foram escritas diversas
peças com caráter instrumental, os violinos se tornaram a espinha dorsal do
conjunto orquestral, a família das violas ficou obsoleta e foi substituída pela
dos violinos, outros instrumentos (especialmente os de sopro e percussão) foram
incorporados e as obras ganharam maior complexidade ao longo dos séculos.
Aqui
desenvolvemos um pequeno estudo de como se deu essa evolução em meados do
século XVII, quando foi criada, e século XVIII quando as mais profundas
melhorias foram feitas nas mesmas.
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