Os metais.
Os principais instrumentos são os trompas, os
trompetes, os tubas e os trombones.
Trompa: Surgiu na França, por
volta de 1650. Como um desenvolvimento da trompa de caça, que, por sua vez, se
originou dos primitivos instrumentos feitos com chifres de animais. Já no final
do século XVII foi integrada à orquestra.
Trompa de caça |
Consiste num longo
tubo cilíndrico de 2 metros ,
recurvado sobre si mesmo numa espiral de duas voltas. Na extremidade mais
estreita, localiza-se o bocal, em forma de funil, e, na outra, o pavilhão. O
som é controlado por 3 válvulas, incorporadas ao instrumento no início do
século XIX pelos fabricantes Blühmel e Stölzel (alemães) e Leopold Uhlmann
(austríaco). Esse mecanismo permitiu a execução de todos os sons cromáticos da
escala.
A trompa emite
um som aveludado e suave e sua afinação é em fá ou si bemol. Alcança 2 oitavas
e uma Quinta (si3 a fá4). Considerada indispensável na orquestra a partir de
1830, foi utilizada também como solista por inúmeros compositores. Um dos
efeitos utilizados na trompa é a “surdina”, que se consegue quando o intérprete
coloca a mão ou uma peça de madeira no pavilhão, obtendo um apagamento do som.
Trompete: O mais agudo entre os
metais, o trompete se originou, provavelmente, no Egito Antigo, no II milênio
antes de Cristo, tendo adquirido importância como instrumento musical a partir
do século XVII, ao ser introduzido na orquestra.
Sua forma
atual data da primeira metade do século XIX, quando os fabricantes alemães
Blühmel e Stölzel criaram o sistema de 3 pistões, que tornou o instrumento mais
versátil, aumentando seu registro e tornando sua execução menos difícil. Pode
ser afinado em ré ou, mais comumente, em si bemol ou dó.
Consiste num
tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo, em cujas extremidades ficam o
pavilhão e o bocal. A qualidade do som pode ser modificada com a surdina, peça
de madeira introduzida no pavilhão. Alcança 2 oitavas e meia, começando do fá
abaixo do dó médio.
Tem sonoridade
brilhante e penetrante. É muito usado pelos compositores em uníssono com as
cordas e as madeiras da orquestra, como também em solos.
Tuba: O mais grave entre os
metais, a tuba surgiu por volta de 1835, em Berlim, inventada por Wilhelm
Wieprecht e construída por Johann G. Moritz. No entanto, o modelo mais
comumente empregado na orquestra foi desenvolvido, por volta de 1845, pelo
belga Adolphe Sax.
Consiste num
tubo cilíndrico, recurvado sobre si mesmo, e que termina num pavilhão em forma
de sino. O som é controlado por válvulas ou pistões, cujo número varia de 3 a 5. De timbre suave e
surpreendentemente ágil, apesar de seu grande porte, a tuba foi introduzida na
orquestra por volta de 1850. É afinada em fá e alcança 3 oitavas (fá1 a fá3).
Indispensável
na orquestra sinfônica foi por vezes utilizada em solos orquestrais. É muito
usada também nas bandas militares.
A “tuba
wagneriana”, idealizada por Wagner para a sua tetralogia O anel dos Nibelungos,
possui estrutura semelhante à da trompa (bocal e pavilhão recurvado). É afinada
em si bemol e em fá e sua extensão vai do mi bemol1 ao ré4. Além de Wagner,
Bruckner, R. Staruss e Stravinsky utilizaram-na em algumas de suas obras.
Tuba Wagneriana |
Trombone: Surgiu provavelmente
na França quinhentista, a partir de modificações introduzidas no trompete. Sua
principal característica são as varas corrediças, cuja função é controlar a
emissão e a altura do som.
O corpo
principal; do instrumento, extremamente simples, é formado por dois tubos
paralelos, presos um ao outro. Numa extremidade está o bocal e na outra o
pavilhão. Atualmente, é construído em 3 tamanhos: tenor, contralto e baixo. O
primeiro é o mais utilizado em orquestras sinfônicas e é afinado em si bemol,
soando uma oitava abaixo do trompete. No
registro baixo, também pode ser afinado em Sol.
Indispensável
à orquestra, na qual foi introduzido por Beethoven, foi tratado como solista
por muitos outros compositores também.
No século XIX,
um outro tipo de trombone, denominado de êmbolos, com 3 válvulas, era muito
empregado nas orquestras, mas acabou perdendo seu lugar para o trombone de
vara.
Parceiro: Casa da Musika
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